ACERVO SUELI CARNEIRO

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Arranjo

Arquivo Sueli Carneiro
Biblioteca Sueli Carneiro
Arranjo Arquivo Sueli Carneiro

Arranjo Documental

Um arranjo documental é um processo que envolve a organização de documentos em um sistema lógico e acessível para que possam ser facilmente localizados e recuperados quando necessário. Esse processo geralmente envolve a criação de uma estrutura hierárquica de classificação, que pode incluir categorias, subcategorias e séries. O objetivo do arranjo documental é garantir que os documentos estejam disponíveis para uso, preservação e acesso a longo prazo. Para isso, é necessário que os documentos sejam identificados, avaliados, organizados e descritos de forma adequada. O processo de arranjo documental é essencial para arquivos e bibliotecas, bem como para organizações que precisam gerenciar grandes quantidades de informações.

Acervo

Composto pela somatória do Arquivo Sueli Carneiro com a Biblioteca Sueli Carneiro, o Acervo tem como compromisso ser um eficiente repositório de informações dos itens neles contidos e, ainda, viabilizar em seu buscador respostas que relacionam livros com documentos e vice-versa. Disponibilizamos ao público toda sorte de documentos acumulados pela intelectual até o presente, lembrando que este é um acervo vivo, ainda em produção. Para aqueles que preferem uma busca mais detalhada, na página inicial do Acervo podem ser vistos campos distintos para o Arquivo e para a Biblioteca, cada um com seus respectivos campos de busca avançada. 

Arquivo Sueli Carneiro

O Arquivo Sueli Carneiro é o resultado do projeto de organização e publicação on-line de documentos da filósofa e ativista que o nomeia, muitos de caráter familiar e cotidiano, por isso inéditos. Ele está disponível aqui de maneira digital, e fisicamente para consulta na Casa Sueli Carneiro, de forma a servir de fonte para pesquisas, desenvolvimento de novos projetos e incentivo à continuidade e ampliação do pensamento ativista negro no Brasil, em sua luta por direitos humanos, igualdade racial e de gênero. O Arquivo hoje é composto por dois fundos: a Coleção Africanidades, uma coleção de objetos desta temática e o Fundo Sueli Carneiro, os documentos por ela guardados propriamente.

Fundo Sueli Carneiro

Fundo é o “conjunto de peças de qualquer natureza que qualquer entidade administrativa, qualquer pessoa física ou jurídica, reuniu automática e organicamente, em razão de suas funções ou de suas atividades”, ou a “unidade principal do quadro de arranjo correspondendo a cada arquivo” E arquivo é o  “conjunto de documentos, quaisquer que sejam suas datas, suas formas e seus suportes físicos, produzidos ou recebidos por pessoa física ou jurídica, ou por instituição pública ou privada, em decorrência de suas atividades”*. Para a arquivologia, arquivocoleçãofundo são sinônimos.

Tendo em vista que Arquivo e Fundo são sinônimos entende-se a necessidade de empregar o uso de terminologias diferentes pela complexidade hierárquica do Arranjo do Acervo Casa Sueli Carneiro. Ao navegar pelo Fundo Sueli Carneiro são apresentados os quatro grandes grupos documentais nele contidos: Ativismo; Geledés; Vida CivilVida Profissional, cada grupo contém suas respectivas peculiaridades  e estão subdivididos em um total de 15 subgrupos.

*CUNHA, Murilo Bastos da; CAVALCANTE, Cordélia Robalinho de Oliveira. Dicionário de biblioteconomia e arquivologia. Brasília: Briquet de Lemos, 2008. 451 p.

Ativismo

Sueli Carneiro afirma que “tudo na sua vida é ativismo”. Assim, transparece a perspectiva pela qual a autora enxerga a vida e seus desdobramentos: suas pesquisas acadêmicas, seu posicionamento político, sua relação com as artes, sua escrita, tudo que faz tem o propósito de transformar as desigualdades raciais e suas consequências em outras possibilidades, acessos e futuros. Importante observar que para fins de organização das informações neste arranjo optou-se por uma separação formal do grupo de documentos aqui contidos dos grupos Geledés,  Vida Civil e  Vida Profissional. 

Direitos Humanos

Uma das principais vertentes sobre a qual Sueli Carneiro dispôs sua atenção foram os Direitos Humanos. Compreendida como a grande área que abarca as questões dos movimentos sociais, raciais e políticos, a ativista buscou sempre direcionar projetos nesse sentido, além de colocar-se, em palestras e textos, a favor e em defesa destes. Este subgrupo contém documentos  que tratam dos Direitos Humanos e são assim nomeados, em sua maioria convites para participação em eventos realizados por instituições que de alguma forma se propuseram a dialogar sobre o tema.

Movimento Mulher

Sueli Carneiro posiciona-se ativamente no movimento feminista, sem nunca desconsiderar a indispensabilidade do movimento feminista negro. A ativista pensa no movimento de mulheres como uma luta ampla, um guarda-chuva geral que, em si, abarca a diversidade que lhe é natural: mulheres brancas, mulheres negras, mulheres indígenas e particularidades a fora. Dessa forma, participa do movimento feminista, por ser mulher, sem jamais desconsiderar a interseccionalidade que seu corpo político lhe impõe, levando-a ao recorte racial da luta feminista: o feminismo negro. Neste contexto agrupam-se aqui registros fotográficos de marchas e eventos organizados por mulheres e instituições feministas, além de minutas de discursos e cronogramas de eventos dos quais participou. 

Movimento Mulher Negra

Para Sueli Carneiro, uma grande referência a respeito da interseccionalidade das lutas antirracistas e de gênero, no Brasil, é Lélia Gonzalez. Ela entende o movimento feminista negro como resultado de um indispensável encontro entre ambas as opressões experienciadas pelas mulheres negras: o racismo e o sexismo. De tal modo que, ainda que não seja dissociado nem do movimento negro, nem do movimento feminista, o feminismo negro é, certamente, um outro espaço de luta, mais complexo (por convergir duas pautas) e essencial (a ponto de precisar, em sua visão, de uma caracterização e organização própria). Este subgrupo é composto exclusivamente por artigos, minutas, matérias e anotações manuscritas que tratam da mulher negra na sociedade, sua saúde e suas lutas. 

Movimento Negro

Para Sueli Carneiro, o movimento negro é um espaço de formulação das problemáticas raciais do país e de articulação política.  A ativista mantém, desde a década de 1970, proximidade com as ações desenvolvidas por e para este grupo social. Para ela, o movimento negro é necessário, principalmente em seu viés interseccional — no qual ela se coloca ativamente. Ao navegar por este subgrupo podem ser encontrados mais de 200 itens entre artigos, fotografias e clipping de jornais e revistas que tratam da atuação de Sueli Carneiro na luta por igualdade racial.

Organizações da Sociedade Civil

Sueli Carneiro encontrou no formato das Organizações da Sociedade Civil o meio de promover as atividades que desejava, pois estas tinham um caráter não-estatal, portanto, não tão rígido em seus meios, além de tampouco ser estritamente privado, o que pressuporia fins que não eram os dela. Desde a fundação de Geledés, várias  foram as Organizações da Sociedade Civil com as quais Sueli colaborou e colabora ativamente, no Brasil e no mundo, como forma de agir política, pessoal e profissionalmente – vide Baobá, Fundo Brasil de Direitos Humanos e Anistia Internacional, para citar alguns.  A navegação por este subgrupo traz como resposta documentos de caráter mais administrativos de sua participação nas instituições. É composto por formulários, editais, propostas para elaboração de projetos e informes. 

Produção Intelectual

 A produção intelectual de Sueli Carneiro estende-se ao longo das décadas, a bibliografia é vasta e parte dela está disponível neste subgrupo, composto por textos, minutas, artigos manuscritos, artigos publicados em revistas e jornais, matérias de jornais e parte de sua produção acadêmica – incluindo sua tese de doutoramento na Universidade de São Paulo. Uma peculiaridade dos documentos que integram este subgrupo são registros redigidos à mão, a lápis ou caneta, nas múltiplas versões que dispomos de textos em fase de desenvolvimento, às margens de  impressos, com ideias, observações e encaminhamentos para aprimoração dos conteúdos. Registros que revelam uma faceta disciplinada e rigorosa da autora com a escrita, bem como um hábito de rever-se sempre, revisitar e aprimorar os textos. Também, importa saber que Sueli nos conta que "pensa em texto", por isso, são raras as vezes que fala em público de improviso, o texto organiza suas palavras.  

Geledés

Fundado em 30 de abril de 1988, “Geledés – Instituto da Mulher Negra” é uma organização da sociedade civil em defesa de mulheres e negros, devido às desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais que ambos os grupos sofrem em função do sexismo e do racismo, respectivamente, existentes no Brasil. Palavra de origem iorubá, Geledés, refere-se ao poder feminino, às organizações que mulheres de sociedades tradicionais formavam para celebrar aspectos de sua condição de mulher, dando ênfase à origem e sabedoria africana em detrimento de uma perspectiva eurocêntrica. O Instituto desdobra-se em uma página virtual e um espaço físico, realizando inúmeros projetos em prol do bem-viver da população negra brasileira, dispondo a este público um repositório de informações relevantes sobre sua história, cultura e lutas.

Ações

Fundado em 30 de abril de 1988, “Geledés – Instituto da Mulher Negra” é uma organização da sociedade civil em defesa de mulheres e negros, devido às desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais que ambos os grupos sofrem em função do sexismo e do racismo, respectivamente, existentes no Brasil. Palavra de origem iorubá, Geledés, refere-se ao poder feminino, às organizações que mulheres de sociedades tradicionais formavam para celebrar aspectos de sua condição de mulher, dando ênfase à origem e sabedoria africana em detrimento de uma perspectiva eurocêntrica. O Instituto desdobra-se em um portal na internet e um espaço físico, realizando inúmeros projetos em prol do bem-viver da população negra brasileira, dispondo a este público um repositório de informações relevantes sobre sua história, cultura e lutas. Contidos neste grupo estão documentos de cunho administrativo, da relação da pessoa física Sueli Carneiro com financiadores, parceiros e projetos de Geledés. Aqui percebe-se o quanto a vida da ativista está intimamente conectada com a instituição que fundou e, ao mesmo tempo, denota a vasta rede de pessoas envolvidas nesta empreitada.

Financiadores

Ao longo dos anos, o Geledés vem criando projetos e programas ligados aos direitos humanos, parte dessa trajetória está contida nos documentos presentes neste subgrupo composto especialmente por cartas e informes administrativos que circularam ao longo dos anos entre Geledés e instituições financiadoras, como Fundação Ford e Fundação Kellog.  

Parceiros

O subgrupo de documentos Parceiros nasce da necessidade de agruparmos os documentos relacionados às iniciativas do Geledés em conjunto com outras instituições. Encontram-se aqui materiais de divulgação de ações, publicações e eventos ligados a algum projeto do instituto. Também, algumas dessas publicações podem ser encontradas ao navegar pela Biblioteca, lembrando que o Acervo Sueli Carneiro permite a busca conjunta para a pesquisa nesta e no Arquivo quando se usa o buscador posicionado no cabeçalho do website.

Vida Civil

Este grupo é formado por  documentos referentes à vida de Sueli Carneiro, desde cartas, cartões postais, fotografias e documentos de registro civil. Notadamente, por se tratar de um grupo contido em seu Arquivo Pessoal, os documentos aqui catalogados e divididos em quatro subgrupos são  fundamentais para quem deseja conhecer um pouco sobre a intimidade de Sueli Carneiro. 

Família

O mais intimista de todos os subgrupos do Arquivo Sueli Carneiro contém fotografias do seu cotidiano, álbuns de  família, cartas entre parentes e amigos que  revelam facetas menos conhecidas de Sueli.

Organização Pessoal

Aqui estão presentes documentos que foram acumulados de forma orgânica, documentos pessoais de registro civil, acadêmicos certificados, atestados, fotografias. recortes de jornais e anotações manuscritas de Sueli Carneiro – uma infinidade de fontes de informações variadas, afinal quem de nós não tem também gavetas cheias documentos em casa?

Relação Interpessoal

Este é  um subgrupo constituído quase que em sua totalidade por correspondências. Cartas, cartões postais, convites, bilhetes e e-mails para e de amigos ajudam a dimensionar sua rede de parceiros, amigos, colaboradores e familiar.

Religiosidade

Religiosidade é um subgrupo que agrupa documentos que têm a religião como assunto principal, em função da importância do Candomblé na vida de Sueli Carneiro.. Pelo viés acadêmico, para pesquisa,  ao navegar pela Biblioteca é possível encontrar mais de 20 títulos sobre religiosidade, um indicativo do seu interesse pelo tema.

Vida Profissional

A criação do grupo Vida Profissional, não é um contraponto ao Grupo Ativismo, mas um complemento, onde alocamos documentos relacionados à sua carreira  nos setores público e privado,  à sua juventude profissional, como funcionária na Secretaria da Fazenda de São Paulo,  depois como colunista do jornal Correio Braziliense, além das editoras que a publicaram como autora de não-ficção

Setor Privado

Sueli Carneiro escreveu para a coluna opinião do Correio Braziliense, cuja série de artigos impressos em jornal é o principal conjunto de documentos deste subgrupo, composto também por documentos referentes a contratos com o jornal e cartas de editoras. 

Setor Público

Aqui se encontram os documentos que registram a passagem de Sueli Carneiro pela  Companhia de Engenharia de Tráfego - CET,  no qual trabalhou no setor de microfilmagem.